1. OS ATORES

Não só Parker, todos os personagens estão melhor representados do que na versão anterior. Emma Stone fez uma Gwen Stacy crível de que alguém se apaixonasse, totalmente diferente daquela Mary Jane sem vida nem tempero da moçoila anterior.  Emma fez melhor até do que a Gwen do filme 3,Bryce Dallas Howard, que considero melhor atriz até, mas às vezes, talento não é tudo.
Porém, às vezes, é.  É o caso dos recentes tio Ben e tia May . Sally Field entrou em troca da antiga, a velha chata.  No lugar do tio coroca, colocaram o Martin Sheen. Evidentemente duca.

2. OS PERSONAGENS


Os personagens estão melhores, mas não só por questão de talento ( ou falta dele ). As concepções dos personagens foram melhor adaptadas. Na versão antiga, Sam Raimi , leitor assíduo de quadrinhos,  transpôs à tela grande personagens embasados em conceitos que funcionam no papel, mas meia boca em áudio e vídeo.


Raimi também optou por uma versão clássica dos personagens, da década de 60, que no século atual, são caricatos em demasia. Poderia comparar um a um, mas peguemos o Flash Thompsonapenas. Sou muito mais um Flash meio bully meio bróder do que um sacana all the way. Uma profundidade explorada até nos primórdios nos gibis e nos filmes de Sam Raimi, esquecida por completo.


3.O ROTEIRO


O tema do filme é “Quem é você ? “, e  se concentra em contar tal história, mais do que ser fiel à mitologia do herói ( embora não cometa sacrilégios ).  Não me lembro de cena ou personagem além da conta. Aliás, que diferença fez a ativa  e prestativa Gwen, em face a antiga Mary Jane, que só existia para correr perigo e choramingos. Já que tem que por mocinha na história, que desempenhe algum papel além de peguete .
Outra decisão acertada ao meu ver foi ter deixado o chefe do Parker, o Jonah Jameson, de fora. Por mais que eu tenha sentido sua falta,  achei acertada a decisão de não tocar na vida profissional de Parker nesse filme, focando na estudantil. Forçar um núcleo Clarim Diário filme adentro provavelmente nos traria aquela sensação de overdose de elementos e péssimas resoluções que tivemos no terceiro filme da franquia antiga. Jameson, enfim, ficou de fora por um bom motivo.


4.OS DIÁLOGOS

São espertos, relevantes e o melhor: breves. O Tio Ben passa o recado ao sobrinho em 4 ou cinco cenas. As aparições da Tia May são ainda mais raras, mas todas são boas, legais até. Diferente daquela ladainha interminável dos dois patetas, May e Parker, geralmente na cozinha, na trilogia antiga. Ao final, Parker fecha o filme com uma única frase que sintetiza a decisão tomada sobre sua vida romântica. Se fosse O Maguire, ficaria asrrastando a ladainha numa crise existencial de cansar o Woody Allen.




5. OS EFEITOS VISUAIS


É legal um Aranha de aspecto real zanzando pela city, diferente do 3D todo duro de Sam Raimi ( pelo menos no primeiro filme). Claro, aí é uma questão tecnológica que não dá para comparar, mas o alívio é grande.
O vilão Lagarto é muito mais legal que o Duende Verde, que eu sempre achei que daria um belo enfeite no carro alegórico da Nenê da Vila Matilde.

E você querido leitor, qual sua opinião?